quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Os Versos Que Te Fiz



Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.
...
Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!
...
Mas, meu amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!
...
Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!
...
Florbela Espanca
Publicado por Maria Dulce Duarte

terça-feira, fevereiro 27, 2007

O homem do jipe tem um cão...



O homem do jipe branco tem um cão castanho.
A primeira vez que nos cruzámos, o cão rosnou-me e eu zanguei-me com o homem.
-Pois é!-disse eu-vocês batem nos cães com varas e depois os animais ao verem uma bengala, sentem-se ameaçados e tentam atacar.
O homem, sorridente, respondeu:
-Mas olhe que eu nunca bato no meu cão!
Não me convenceu nesse dia, mas, agora sei que é verdade.Vejo-os com frequência na praia. O homem pesca a manhã inteira e o cão nada a manhã inteira e o mais interessante é que, quando não vai à pesca, o homem leva o cão à praia de propósito para lhe dar o prazer de nadar.
E enquanto um caminha pela areia, o "outro" refresca-se refasteladamente na água.
Um homem destes não bate em cães de certeza!
Cumprimentamo-nos agora com um aceno de mãos. O cão, esperto, já não rosna ao cruzar-se comigo.
Pois é!
Há cães espertos como os homens!
Há homens de coração amigável como os cães!
(E daqui cumprimento esse homem de coração amigável, que tem um jipe e é dono "dum cão", que vim a saber mais tarde, afinal é uma cadela chamada Braca).
(In sardinheiras,07/03/2005)
Publicou carolina

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Buon Compleanno Céu


Alla nostra collega, piccolina e molto carina, Céu.
Noi desideriamo per questo giorno, un Buon Compleanno, pieno di Salute; Allegria e molto Amore.
Tante belle cose per te, Céu.
Sono i desideri di tutte le colleghe della classe d`italiano I.
( publicaram todas as suas colegas do italiano I )

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Sentidos em laços de fantasia


Abro a janela e abraço a luz de todos os dias
Viajo nos matizes de mil cores do orvalho inflamado
Respiro esperanças e sonhos em linguagem de encantar
Ando no cheiro dos prados sem caminhos ou rodovias
Durmo na névoa do brejo em lençol perfumado
Sinto os reflexos da alma nas palavras de inventar

Abro a janela e abraço a luz de todos os dias
Desperto memórias esquecidas sem elo ou alianças
Danço valsas em pensamentos incandescentes
Canto todas as saudades com rimas e melodias
Sorrio ao abraçar a inocência das crianças
Esqueço no labirinto das emoções a força das mentes

Abro a janela e abraço a luz de todos os dias
Suspiro as lembranças em ramalhetes de saudade
Oiço finas orquestras com notas de sentido divinal
Vejo o avançar do mundo nos limites de muitas utopias
Bebo o futuro incerto que percorro em ideais de liberdade
Caminho no traçado dos mistérios do eco ancestral

Abro a janela e abraço a luz de todos os dias
Grito na fúria do vento as palavras sem promessas
Mergulho nas águas cristalinas de sereias e prosadores
Sofro o engano dos encantos onde já não há alegrias
Repouso nos sonhos e saudades de asas sem pressas
Lembro fábulas da vida com sorrisos de mil cores

zília 12/02/07

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Príncipe Indiano


A promessa está cumprida
de Indiano o mascarei!
não é a máscara prometida
mas é a melhor que encontrei!

Troglodita já não é,
mas um elegante Rajá!
Mas ai, que vaidoso é!...
e que bem acompanhado está!

Diga lá, se charmoso não está,
nesta "encarnação" catita?
princípe mais formoso não há,
naquela Índia tão bonita!

Leoa, macaco, elefante,
mas que óptima companhia!
e um leopardo elegante,
p`ra o proteger durante o dia.

A foto, dançarinas não tem,
é só o que está a faltar!
Mas tenho a certeza, porém
que agora já vai gostar!

Maria Dulce Duarte

Carnaval de Sines - 2007



Vejam mais fotos no blogue 'Fábrica de Sonhos'
(na aba lateral) Nota - clique nas fotos para as ver
com um tamanho maior.
Publicado por António Gil

Eh o Tcham - Pega no Bumbum - Brazil


Clique na imagem sff
Publicado por António Gil

"Na Boquinha da Garrafa" - Dança - Brazil


(clique na imagem sff)
Publicado por António Gil

Comemoração do "DIA DOS NAMORADOS"


Colaboração da ASAS - Canto das Letras com a Biblioteca Municipal e o Clube de Poesia, em 13 de Fevereiro de 2007, na comemoração do "Dia dos Namorados".

(Clique na imagem sff e depois no coração vermelho à direita)
Publicado por António Gil

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

O mundo virtual da Dulce Duarte


Clique na imagem acima e veja o estranho mundo da "Dolce" Dulce. Está recheado de reis, rainhas, princesas, astronautas, trogloditas, etc. É estranho mas muito belo o mundo desta "menina", que hoje "COMPLEANNO". Tanti auguri, dolce Regina!!! TANTI AUGURI A TE!!!
(Música medieval: "Ductia" - música inglesa do 12º século e "Danse Real" - dança francesa do 13º século)
Publicado por António Gil

Auguri, dolce regina Dulce!







ERA e É uma vez, uma REGINA chamada Dulce, a quem podemos chamar Dolce, palavra que em italiano significa aquilo que ela é: Uma doçura de pessoa!
Na voz, quando fala connosco, transparece sempre o acetinado da ternura, a mesma ternura com que ela, referindo-se ao filho, pronuncia: "O Meu Menino".
"Dolce" é a melhor aluna da aula. E se o nosso professor quisesse dar classificações, era a ela que daria os "venti punti"! É aplicada e estudiosa!
Mas... gosta muito de "pregar partidas" aos amigos. Partidas que nos deixam sempre com um grande sorriso, pois são muito divertidas e sem maldade.
Ora hoje é o COMPLEANNO da "Nossa Menina"!
Vamos então imaginar que estamos comendo uma fatia do "bolinho da Graça", e levantando o nosso copito de champanhe, cantemos em coro:
TANTI AUGURI, DOLCE REGINA!!!

(Publicaram todos os Amigos da dolce Dulce)

domingo, fevereiro 18, 2007

Assinado: Troglodita


Um protesto vou lavrar
Contra esta descriminação,
Nem sequer um simples pagem
Virei nesta encarnação.

Imperador talvez gostasse
De ter sido algum dia,
Uma Cleópatra amasse
E Roma não incendiaria.

Até talvez o Italiano
Fosse mais simples agora,
Sem essa do "vadiamo"
"Vadiamo" daqui p'ra fora.

Ser Nero de faz de conta
Seria uma coisa bonita.
Agora, troglodita de monta,
Ó Dulce, não é catita.

Flintstone de ombros caídos
Mas que pose tão atróz,
Se alguma coisa se salva
É o tigre de ar feróz.

Obrigado, cara Amiga,
Por me ter mudado o fado,
Vou em busca de comida
Lá p'ros montes do outro lado.

Publicado por: António Gil

sábado, fevereiro 17, 2007

Fiama Hasse Paes Brandão



EM FLORENÇA, COM FIAMA (1986)

Era em Florença, num verão sem usura.
A cidade, que nós víamos de San Miniato,
desfazia-se em luz.
Nos labirintos do Jardim Boboli,
tu e um melro rente à relva
cantavam um para o outro.
Não sei qual das vozes era mais pura,
se a do fio de água que subia
no canto do melro, ou mais frágil
e rente ao chão, a tua.

(Não sei quem foi Fiama, mas de certo foi alguém muito especial que mereceu de Eugénio de Andrade este bele poema_Jornal de Letras nº948-)

Publicou carolina

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

O Cavaleiro



Vamos todos brincar
neste Carnaval...
A Carolina mascarar
de sua Alteza Real.

Mário Montes vai ser
seu cavaleiro...
por ela vai combater
no mês de Fevereiro!

E nesta Batalha...
Em Carolina vai pensar
dizendo "- Deus me valha,
minha Rainha vou salvar!"

E com bravura lutou,
em Santiago do Cacém!
A sua Rainha salvou,
e tudo acabou bem!
Quadras e foto de M. Dulce Duarte

Lo Zingaro pigro


Lo zingaro Giovanni si sente molto stanco dopo un giorno di lavoro, e vuole che sua madre, la zingara Carolina, lo porti sulle spalle, ma questo desiderio non le piace, perché anche lei è molto stanca, poverina!...
Carolina: Andiamo! Andiamo!...ma vai a piede... sei un bravo ragazzone, e invece io sono una vecchieta debole e stanca!
Ma Giovanni, fingendo dice alla sua madre:
Giovanni: Ma mamma mi sento malissimo, mi gira la testa!
Carolina: Ti gira la testa?? non ci credo... Anzi mi pare stai facendo il pigro...Ma come sei astuto figliolo!...
Giovanni: Ma, mamma mia...
Carolina: Mi sono stufata, guai a me! la vita è dura!...e tu quanta pigrizia hai!...
Giovanni: Ma è vero mamma, sento tanti capogiri!...
Carolina: Allora, va bene, vieni qui e sali, ti porterò sulle spalle...
Giovanni: Ih! Ih! Ih! ho convinto la mamma!
E cosi Giovanni parte divertito e felice, a cavalcioni sulle spalle della sua madre, senza preoccuparsi con la sua età e la sua stanchezza.
...
Texto e fotografia de Maria Dulce Duarte

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Se recordar é viver...


Clica na imagem sff

Poesia Matemática


Às folhas tantas
Do livro matemático
Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base,
Uma Figura ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo octogonal, seios esferóides.
Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela
Até que se encontraram
No Infinito.
"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma dos quadrados dos catetos.
Mas pode chamar-me Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
- O que, em aritmética, corresponde
A alma irmãs -
Primos-entre-si.
E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz.
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Rectas, curvas, círculos e linhas sinoidais.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E, enfim, resolveram casar-se
Constituir um lar.
Mais que um lar.
Uma Perpendicular.
Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.
E casaram e tiveram uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até àquele dia
Em que tudo, afinal,
se torna monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
Frequentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um DenominadorComum.
Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo,
UmaUnidade. Era o Triângulo,
Tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era a fracção
Mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
E tudo que era expúrio passou a ser
Moralidade
Como, aliás, em qualquer
Sociedade.

Millôr Fernandes

Publicado por: António Gil

Sessão do Canto das Letras de 06.02.07 - A Horta


Clique na imagem - Se tiver banda larga veja
no formato DivX, em écran inteiro
.
Publicado por António Gil

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Como eu te amo



“Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minh'alma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.

Amo-te em cada dia, hora e segundo:
À luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.

Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingénua e forte.

Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei depois da morte."

Elizabeth Barrett Browning
(06/03/1806 a 29/06/1861)
Foi uma das mais respeitadas poetisas inglesas da era Vitoriana.

Publicado por: Antonieta Gomes

Ternura



Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
de frescura que vem depois do Sol,
quando depois do Sol não vem mais nada...

Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
em que uma tempestade sobreveio...

Começas a vestir-te lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...

Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!

(David mourão Ferreira : A Arte de Amar)
(Pintura de Kimt : O beijo)

Publicou carolina

Amor Vivo



Amar! Mas dum amor que tenha vida...
Não sejam sempre tímidos harpejos;
Não sejam só delírios e desejos
duma douda cabeça escandecida...

Amor que viva e brilhe! luz fundida
Que penetre o meu ser- E não só beijos
dados no ar- delírios e desejos-
Mas amor... dos amores que têm vida...

Sim, vivo e quente! e já a luz do dia
não virá dissipá-lo nos meus braços
como névoa da vaga fantasia...

Nem murchará do Sol à chama erguida...
Pois que podem os Astros dos espaços
contra uns débeis amores... se têm vida?

Antero de Quental

Publicado por M. Dulce Duarte

Dia dos Namorados


Alguém escreveu :
"Cada um de nós dá-se na medida em que se apaixona...."
E eu estou apaixonada pelo "Canto das Letras". Será possível tamanha paixão....

Onde estás tu?
Estarás acordado,
no silêncio da noite,
será que acaricias o meu rosto,
nas tuas memórias?
Sai de mim
pois tenho em mim um pequeno
coração e as palavras
são inúteis,
são lágrimas e escuridão...
Deixem-me dormir,
deixem-me,
deixem-me descansar nos braços.....
do sono!
silvana ramos sapage

terça-feira, fevereiro 13, 2007

A futura TUNA da ASAS


Hoje, dia 13 de Fevereiro, com os nossos Amigos do Clube
de Poesia, comemoramos assim o "Dia dos Namorados".
Os nossos agradecimentos a todos os simpáticos técnicos
da Biblioteca de Santo André, que tiveram a idéia e a
tornaram possível.

Clube de Poesia


O Pedro, a Maria e o André (que não está na foto),
uns pequenos GRANDES artistas a declamar poesia.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

PARABÉNS, AMIGO MM


E para o nosso Querido Professor de italiano e nosso Amigo
aqui vão 24000 baci!
Clique:

Para os meus amigos da Asas






Creio na amizade,
creio nas palavras ditas e escritas,
da amizade,
creio mesmo no mistério da amizade,
que para todos chega,
Creio que vale a pena os amigos,
porque têm sempre uma reserva,
de sabedoria, para quem precisa,
e o previlégio de fazer o outro amigo feliz,
Eu
Silvana ramos Sapage .sr
Obrigada a todos mas especialmente ao Gil, Carolina,Laura, Ana,
Zília , Céu e Teresinha , Sr Gonçalves por tudo o que escreveram e me disseram.

domingo, fevereiro 11, 2007

Para desnublar o dia!


E diz José Gomes Ferreira: ( Finjo que não vejo as mulheres que passam, mas vejo)
De súbito, o diabinho que me dançava nos olhos,
mal viu a menina atravessar a rua,
soltou num ímpeto de besouro
e despiu-a toda...
E a Que-Sempre-Tanto-Se-Recata
ficou nua,
sonambulamente nua,
com um seio de ouro
e outro de prata.
(Antologia da Poesia Portuguesa Herótica e Satírica)
Publicou carolina

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Também quero um pedacinho da ABÓBORA!



Desculpem lá!
Não é o meu género, mas não resisto a um "pezinho de dança"!

A ABÓBORA


Era uma vez uma abóbora que tinha perdido o acento, deixara de ser esdrúxula e assim ninguém a reconhecia.
Um dia...
Como ela sabia que não ia ser reconhecida, vestiu o seu fato amarelo domingueiro e, muito sorrateira, apresentou-se no Canto das Letras.
Quando entrei na sala nem reparei na abóbora. O meu olhar fixou-se de imediato numa cestinha de tangerinas bem amarelinhas.
Toda a gente trajada a rigor, ramos de cheiros nas lapelas, raminhos esses que iam retirando de uma outra cesta que a Margarida levara.
De súbito, mesmo à minha frente ao canto da sala... lá estava ela, a "ABOBORA", bem anafada, direi mesmo, pesada e redonda, tristíssima, porque no caminho tinha perdido o seu acento e deixara de ser esdrúxula...
- Quero lá saber do acento.
Grave, não é.
Preocupam-me mais as dores nas cruzes; tão agudas... será do assento que me arranjaram naquele canto das letras?
Para além de ser rijo o assento, não me deram qualquer companhia. Fiquei para ali sozinha, num canto, a arfar, a arfar, com muita falta de ar. E como se não bastasse, no fim da sessão ainda me encostaram uma faca às goelas!... Oh, meu Deus, como me assustei e o que sofri, pensando que era chegada a minha hora. Fui salva "in extremis" só porque aqueles malvados não encontraram logo um facalhão afiado e porque, de repente, soou uma música celestial. Não fora a música e certamente a vida teria perdido. Obrigado, Pereirinha, mil vezes obrigado. Para ti, quando morrer, guardado estará o melhor bocado.
E por falar em abóbora... onde paira o meu "quinhão"? Como farei a sopa?
(Texto da : Carolina, Teresinha, Céu e Gil)

Natureza



Amo muito a Natureza
seu espaço verde, suas flores!
O Universo é uma riqueza,

numa imensidão de cores!

E aquelas noites de luar
tão doces e amenas!
São de uma beleza singular
tão românticas e serenas!

Resta-nos apenas esperar,
para podermos contemplar
tamanha imensidão!...

Chegaram as noites chuvosas,
tão frias e tenebrosas,
deixando para trás o Verão!

M.Dulce Duarte

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Em defesa da Língua



O Programa Europeu Erasmus tem proporcionado, a muitos jovens europeus, o contacto com outros jovens dos mais variados países da União, num intercâmbio que faz com que eles se sintam parte integrante de uma Europa que se deseja mais unida e falando a uma só voz. Alguns destes estudantes, antes de ingressarem no Ensino Superior, ou até nas férias escolares, fazem mini-cursos, e agora até há muitos que optam por ir para os antigos países de leste para aprenderem a língua.
Com a União Europeia a alargar-se (já somos 27 estados membros), o aumento das trocas comerciais e respectiva abolição de fronteiras entre os países, a tradução e o conhecimento de línguas tem muito peso nos currículos dos jovens que procuram o primeiro emprego.
Estes países possuem escolas para estrangeiros, com modernas instalações, alojamentos para os estudantes e professores especializados no ensino intensivo da língua. A par disso, há a possibilidade de os alunos, nos tempos livres, poderem fazer visitas a diversas cidades e assim conhecerem o país de acolhimento.
Cá em Portugal, além de cursos que se organizam para imigrantes, temos as Universidades Autónoma de Lisboa, da Beira Interior e Lusófona que promovem cursos de verão, para o estudo da língua portuguesa, para estudantes estrangeiros, o que é notoriamente insuficiente para dar a projecção que a língua portuguesa necessita.
A realidade é que a nossa língua nunca se afirmou verdadeiramente no mundo, isto apesar de ser a terceira mais falada. Ao contrário da espanhola que, nos últimos anos, já suplantou a francesa na área dos negócios e trocas internacionais.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) abriga uma população superior a 223 milhões de habitantes, e tem uma área total de 10.742.000 km² - maior que o Canadá, o segundo maior país do mundo.
Desta Comunidade fazem parte Portugal, Angola, Brasil, Cabo verde, Guiné-Bissau, Moçambique, S. Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Macau que foi entregue à China em 1999, ainda tem o português como uma das línguas oficiais.
Alguns países de África têm idiomas crioulos derivados do português, pela presença portuguesa nesses territórios desde o século XV. São eles a Guiné Equatorial e as Maurícias. Menciono ainda a Galiza, onde há galegos defendem o ingresso na CPLP, alegando que o galego nunca se separou verdadeiramente do português e seria, agora, um dialecto do português original.
Com todas estas razões, seria natural que defendêssemos a nossa língua a todos os níveis e a impuséssemos ao mundo, já que somos muitos em todos estes países. O tão falado Acordo Ortográfico preparado pela CPLP em 1990 e que ainda aguarda a entrada em vigor, daria decerto uma grande ajuda, pois preconiza a adopção de uma ortografia comum a toda a lusofonia. Os nossos vizinhos espanhóis, defensores acérrimos da sua língua, quando falamos com eles em português, dizem que não entendem e obrigam-nos a comunicar com eles num “portinhol” improvisado. O mesmo não se passa por cá quando recebemos turistas. Tentamos entendê-los, falar o idioma deles ou então o inglês que quase toda a gente domina.
E se formos até ao Algarve, olhando para os anúncios, outdoors, cardápios de restaurantes e bares, anúncios de imobiliárias, etc, até parece que nem estamos em Portugal. Aparece tudo escrito em inglês ou alemão e, quando muito, vem depois, por baixo, em letrinhas pequenas, a mensagem em português, quando deveria ser o contrário.
Ora nós temos, na nossa já longa História, um passado de multiculturalidade e de convivência com muitos outros povos. Isto já nos vem do tempo das Descobertas. Somos um povo, por natureza, “desenrascado” e complacente que se adapta a tudo e a todas as realidades. Não nos impomos a ninguém, não batalhamos.
Mas agora, mais que nunca, há que fazer com que o mundo nos entenda na nossa língua, a língua de Camões. Tenhamos a coragem de dizer aos outros que não os entendemos, que aprendam eles também o português, uma língua falada por 223 milhões de pessoas. Apostemos a sério, no ensino da mesma, no país e no estrangeiro. Criemos as condições necessárias para acolher condignamente quem queira cá vir fazer cursos intensivos de português, em qualquer altura do ano e não só no verão. Temos que defender a nossa identidade nacional.
Afinal a nossa pátria é a nossa língua.

Maria de Portugal
(Publicado na "Gazeta de Lagoa")
Nota - A imagem no topo foi retirada do blogue «Eu e us Outros» em http://nadaesperes.blogs.sapo.pt/arquivo/392672.html

Canto das Letras!



A nossa sessão do Canto das Letras foi colorida, perfumada e animada!
O tema era a Agricultura e o nosso agricultor, poeta e amigo Gonçalves, para além dos seus versos levou uma abóbora tão grande que mais parecia a abóbora que a Fada Madrinha transformou no "coche" que conduziu a Cinderela ao baile.
Raminhos de ervas perfumaram o ambiente com cheiros de de hortelã, alfazema, orégão e sei lá que mais.
Falámos, rimos e cantámos .
Deixo aqui o poeminha que levei. É do Eugénio de Andrade e chama-se "Frutos":
"Pêssegos, pêras, laranjas,
morangos,cerejas, figos,
macãs, melão, melancia,
ó música dos meus sentidos,
pura delícia da língua;
deixai-me agora falar
do fruto que me fascina,
pelo sabor, pela cor,
pelo aroma das sílabas:
tangerina
tan
ge
ri
na."
Publicou carolina

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Obrigada,Thank you,Grazie,Danke,Merci!

A todos aqueles que me mandaram emails e se preocuparam com a minha saúde, o meu muito obrigada!

Isabel

sábado, fevereiro 03, 2007

Poeta Pintor Palhaço



Todos sabem que é Palhaço
e que vive em Santo André.
Tem um nariz de batata
e uma alcachofra no pé!

Quando faz ilusionismo
ficamos estupefactos,
da boca saem-lhe pombas
das orelhas saem patos!

Tem os braços muito graaaaandes!...
Consegue abraçar o SOL.
E em cada ponta do bigode
pendurou um caracol.

Faz magias coloridas
com tintas e um pincel,
transformando em obra d'arte
qualquer folha de papel.

Que é um Homem de Talento
é coisa que ninguém nega.
Poeta Pintor Palhaço
Bom Amigo e Bom Colega!

(Para o nosso querido João Henriques)
Publicou carolina

A Andorinha


Eu tenho um namorado
Que todos os anos se aninha
No portal da minha casa,
Pois, ele é uma andorinha

Não faz ninho, não tem par,
Há anos que vem e fica.
Traz-me calor e bem-estar
A sua fidelidade

Este ano veio mais cedo
É Janeiro e já cá está…
Talvez lhe desse a saudade!
É este o meu namorado.
Querem mais fidelidade?
Eu creio bem que não há!

Helena Tereno (Janeiro 2007)

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Querem MÚSICA?


Então lá vai o "ROCK" de João Henriques
Pastel s/tela 88x115 cm - 2003
Publicou: João Henriques

O bolo da Graça










2 ovos
2 chávenas de chá de açucar
2 chávenas // // de farinha
2 chávenas // // de leite
2 colheres de sopa de mel
2 colheres de sopa de margarina derretida
2 colheres de sopa de canela
1 colher de chá de bicarbonato

Dois ovos inteiros,
já para começar,
eles serão os primeiros,
ao açucar juntar...

De seguida a farinha
com o leite alternar,
agora uma mexidinha,
toca a trabalhar...

Juntemos a canela,
que não pode faltar,
tudo depende dela,
para o bolo agradar!

Continuando a mexer
o mel vamos deitar,
a margarina derreter
e agora adicionar...

Já me estava a esquecer
do bicarbonato...
faz a massa crescer,
e o bolo ficar alto!

Enquanto mexemos
o forno vamos ligar,
a 180º mais ou menos,
acho que deve bastar!?

A forma já está untada?
vamos lá continuar...
depois da massa deitada,
uma hora a cozinhar!

Vamos deixar arrefecer,
e depois desenformar,
e agora sim! vamos querer,
o bolo da Graça provar!

Maria Dulce Duarte