Amar! Mas dum amor que tenha vida...
Não sejam sempre tímidos harpejos;
Não sejam só delírios e desejos
duma douda cabeça escandecida...
Amor que viva e brilhe! luz fundida
Que penetre o meu ser- E não só beijos
dados no ar- delírios e desejos-
Mas amor... dos amores que têm vida...
Sim, vivo e quente! e já a luz do dia
não virá dissipá-lo nos meus braços
como névoa da vaga fantasia...
Nem murchará do Sol à chama erguida...
Pois que podem os Astros dos espaços
contra uns débeis amores... se têm vida?
Antero de Quental
Publicado por M. Dulce Duarte
Não sejam sempre tímidos harpejos;
Não sejam só delírios e desejos
duma douda cabeça escandecida...
Amor que viva e brilhe! luz fundida
Que penetre o meu ser- E não só beijos
dados no ar- delírios e desejos-
Mas amor... dos amores que têm vida...
Sim, vivo e quente! e já a luz do dia
não virá dissipá-lo nos meus braços
como névoa da vaga fantasia...
Nem murchará do Sol à chama erguida...
Pois que podem os Astros dos espaços
contra uns débeis amores... se têm vida?
Antero de Quental
Publicado por M. Dulce Duarte
3 comentários:
É sempre bom relembrar estes poetas esquecidos.
E para isso cá está a nossa Dulce.
bjh
Adoro os sonetos de Antero de Quental, era um romântico!...
assim como também gosto muito de Florbela Espanca, entre outros!...que de vez em quando publicarei!...sempre que houver oportunidade!
Um beijo para a minha colega e amiga Carolina.
Estamos sempre a aguardar os poemas da nossa ROMÂNTICA DULCE!
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