quarta-feira, agosto 27, 2008

TUNASAS







Ontem, no ensaio da TUNASAS.
O canto e a alegria andaram de mãos dadas.

quarta-feira, agosto 20, 2008

Mirandês

Las biaiges dua fuolhica


Era ua fuolha arrincada
por ua tal rabanada
que bolaba,
rodaba,
beilaba,
mas nun s’assustaba.
L aire assopraba por baixo
i chubie cumo un páixaro

a ua nubre
que l’ancubre
i nun çcubre
adonde se chube.
L aire assopraba po riba
i nun bie por adonde iba,
a rodar,
a gritar,
a chorar:
Ai! Bou-me a matar!
Mas la fuolha era lebica,
parecie ua prumica:
aparaba,
aterraba,
i çcansaba
se naide la pisaba.

As viagens duma folhinha


Era uma folha arrancada
por uma tal rabanada
que voava,
rodava,
dançava,
mas não se assustava.
Soprava o vento por baixo
e subia como um pássaro
a uma nuvem
que a encobre
e não descobre
onde se sobe.
Soprava o vento por cima
e não via por onde ia,
a rodar,
a gritar,
a chorar:
Ai! Vou-me matar!
Mas a folha levezinha,
parecia uma peninha:
pousava,
aterrava,
e descansava
se ninguém a pisava.

Fracisco Niebro. Apresentado na Festa das Línguas promovida pelo Ano Europeu das Línguas no Centro Cultural de Belém, em 28 de Setembro de 2001.


Lena Almeida