quarta-feira, julho 16, 2008

Rosa Branca!

Publicou carolina

Pepe disse...
Quem tem, quem tem
Amor a seu jeito
Colha a rosa branca
Ponha a rosa ao peito

E quem não tem
Veja-se ao espelho
Ponha na lapela
Um cravo vermelho

20 Julho, 2008 19:20

quarta-feira, julho 09, 2008

Melancolia!


As lágrimas que eu não choro,
Guardo-as na minha mão.
Faço um embrulho bonito,
Ponho-as no teu coração.
...
E assim, com os olhos secos,
Canto uma nova canção.
Sorri-me outra vez a alma
Ter amigos é uma benção!
...
Bem hajas tu, amiguinha,
Pelo teu doce colinho.
Mesmo à distância(que importa!)
É sempre o meu terno ninho.

Publicou Lena Tereno

sexta-feira, julho 04, 2008

Ao vivo e a cores!... (Eu e Ele)


(Depois de clicar no endereço indicado, deslize até ao fim da reportagem sobre Mia Couto. Dê um toque na "setinha", à esquerda. Ouvirá um voz de "cana rachada" e escondidinha atrás de uma "grande fotógrafa" talvez descortinem a "eu"...)
http://adasartesactividades.blogspot.com/
Publicou "a própria"...

quarta-feira, julho 02, 2008

Mia Couto!

POBRES DOS NOSSOS RICOS

A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados. Rico é quem possui meios de produção.
Rico é quem gera dinheiro e dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele. A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos “ricos”.
Aquilo que têm, não detêm. Pior, aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitariam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por os lançar a eles próprios na cadeia. Necessitariam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem.
O maior sonho dos nossos novos-ricos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efémeras cintilâncias. Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. O Mercedes e o BMW não podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas muito convexos e estradas muito côncavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza. Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade. As casas de luxo dos nossos falsos ricos são menos para serem habitadas do que para serem vistas. Fizeram-se para os olhos de quem passa. Mas ao exibirem-se, assim, cheias de folhos e chibantices, acabam atraindo alheias cobiças. O fausto das residências chama grades, vedações electrificadas e guardas privados. Mas por mais guardas que tenham à porta, os nossos pobres-ricos não afastam o receio das invejas e dos feitiços que essas invejas convocam.(Continua...caso lhe interesse ler todo o documento e garanto-lhe que vale a pena, clique no endereço):

http://www.macua.org/miacouto/MiaCoutoinSAVANA13122003.htm
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Publicou carolina, do livro "Pensatempos" de Mia Couto.