quarta-feira, janeiro 31, 2007

Palavras soltas



Escrevi umas palavras soltas, não as prendi, e elas, marotas, escaparam-se e fugiram; claro, ainda tentei apanhá-las... Voltei a escrever e pensei: desta vez vou utilizar palavras bem carregadas; mas elas, as palavras, zangadas comigo, furaram a folha de papel e afundaram-se!...
Teimosa como sou, cheia de arte, juntei-as e utilizei uma artimanha: fiz uma ratoeira para as primeiras palavras soltas, apanhei-as a todas e prendia-as; às segundas, as carregadas, de tão zangada, deixei-as no fundo do mar imaginário de um qualquer pseudo escritor, ou quiçá de uma pessoa como eu, que goste de brincar com elas. Por isso agora as primeiras estão enjauladas numa daquelas gaiolas douradas, a sonharem com a liberdade que perderam; as outras, essas coitadas, continuam elas também aprisionadas na cabeça de um qualquer escriba. Coitadas!!! Bem feito!Porque isto de ser palavra, isto de se gostar de escrever, não é para qualquer um, e aprisiona também qualquer um que as manipule!...
Postado por Silvana Sapage

8 comentários:

Anónimo disse...

Solta as palavras e deixa-as voar!
Livres podem chegar até nós e se as aprisionares quem as pode usufruir? Abre essa gaiola dourada que por mais dourada que seja não deixa de ser gaiola e deixa-as correr... As palavras são assim, levianas! :)))

Carolina disse...

Viva, Silvana!
Bem vinda ao Canto das Letras.
bjs

Anónimo disse...

Silvana, gostei do que escrevestes no Canto das Letras!
Continua amiga, está muito bem escrito, um bjs.

Anónimo disse...

olá Silvana! Gostei muito das palavras que nos ofereceu.É bom que as solte, é bom poder ler as palavras bonitas que soltou

Anónimo disse...

Palavras Partidas Sílabas Letras
Palavras Compostas Frases
Pensamento
Palavras
Palavras
Palavras leva-as o vento.

Para ti silvana beij
céu do ó

Jelicopedres disse...

Ollláááá!!!....
Linda Silvana! Por onde andas?
Bem vinda sejas amiguinha!
E vem para ficar,por favooorrr...
d[^_^]b

Jelicopedres disse...

As palavras

São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
inseguras navegam;
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis,desfeitas,
nas suas conhas puras?

Do "nosso" grande Eugénio
Dedico à Silvana com AMIZADE.
Teresinha

Anónimo disse...

Obrigada amigas,com amigas destas quem tem medo das inimigas!!!!eu não ,concerteza. Adoro-vos....Aí, que as mentes sujas começam a fervilhar . ..ahahahahahaha silvana ramos sapage