Cumprimentei-a e disse:
- Vim para te ver dançar!
Era o almoço da "ASAS", a comida estava boa, o ambiente era alegre e descontraído.
Comemos, falámos, rimos, brincámos!
E quando começou a dança, lá estava ela!
Maria Augusta (podes chamar-me Migusta), Moçambicana (respondeu quando lhe perguntei de onde era). Já no ano passado, o meu olhar se encantou na maneira como dançava.
No saracoteio, Migusta não é só de Moçambique. Ela carrega a África toda no requebro da dança! Durante a tarde, veio sempre "saracotear-se" para perto de mim, onde eu a pudesse ver bem.
E tanto se esmerou nos requebros, que acabou "estatelando-se" aos meus pés.
Levantou- se e disse: -"A culpada foste tu!"
Rimo-nos com gosto porque felizmente não se magoou.
A festa continuou pela tarde fora e quando chegou a hora da despedida, Migusta veio lá do fundo da sala rebolando-se, requebrando-se, africanando-se na minha direcção para se despedir.
Disse-lhe: - Gostei muito!
Ela não sabia, mas acabara de me dar um enternecedor presente. Talvez o meu melhor presente deste Natal!
Ela não sabia e nem poderia reparar na lágrima que assomou no canto do meu olho e foi escorrer no rosto de uma menina que aos oito anos tinha perdido a capacidade de andar. Chamava-se Carolina.
E ela não sabia que essa menina, depois adolescente, mais tarde mulher, ficava (ou ainda fica), no escuro da madrugada imaginando que tocam só para ela e ela fica rodopiando, rodopiando, rodopiando ao som do acordeon!
(Almoço de Natal da Asas, em 15/12/2006 )
Publicou Carolina
- Vim para te ver dançar!
Era o almoço da "ASAS", a comida estava boa, o ambiente era alegre e descontraído.
Comemos, falámos, rimos, brincámos!
E quando começou a dança, lá estava ela!
Maria Augusta (podes chamar-me Migusta), Moçambicana (respondeu quando lhe perguntei de onde era). Já no ano passado, o meu olhar se encantou na maneira como dançava.
No saracoteio, Migusta não é só de Moçambique. Ela carrega a África toda no requebro da dança! Durante a tarde, veio sempre "saracotear-se" para perto de mim, onde eu a pudesse ver bem.
E tanto se esmerou nos requebros, que acabou "estatelando-se" aos meus pés.
Levantou- se e disse: -"A culpada foste tu!"
Rimo-nos com gosto porque felizmente não se magoou.
A festa continuou pela tarde fora e quando chegou a hora da despedida, Migusta veio lá do fundo da sala rebolando-se, requebrando-se, africanando-se na minha direcção para se despedir.
Disse-lhe: - Gostei muito!
Ela não sabia, mas acabara de me dar um enternecedor presente. Talvez o meu melhor presente deste Natal!
Ela não sabia e nem poderia reparar na lágrima que assomou no canto do meu olho e foi escorrer no rosto de uma menina que aos oito anos tinha perdido a capacidade de andar. Chamava-se Carolina.
E ela não sabia que essa menina, depois adolescente, mais tarde mulher, ficava (ou ainda fica), no escuro da madrugada imaginando que tocam só para ela e ela fica rodopiando, rodopiando, rodopiando ao som do acordeon!
(Almoço de Natal da Asas, em 15/12/2006 )
Publicou Carolina
6 comentários:
Amiga como sempre dou uma espreitadela no blog,fiquei feliz porque se divertiram, Mas quando reparei no que falas-tes na tua infância me correu uma lágrima. Como me lembro deixar de brincar nos recreios para estar contigo,mas ficava feliz por te ver feliz,assim dançou a Migusta, para ti.
Que bom amiga, nunca te esqueças que és um ser humano maravilhoso, e tens muitos amigos, por a pessoa que tu és, um bjh.Muito grande
Obrigada pela tua amizade, Menina do Arroz- Doce!
Menina da minha infância, Amiga perdida no tempo e reencontrada!
Um bj!
Antes que me role uma
lagriminha.......................,
é melhor ir ali comer um bom-bom.
Agora não consigo...
Acabo de ler o teu post e o comentário da Ana...
Amigas de escola tenho algumas que consegui encontrar, não as quero perder!!!São verdadeiras, eramos meninas! Hoje somos avós.
Assim como as verdadeiras que tenho feito depois da escola...
Eu penso sempre nos amigos:)bjh.
Mas este texto não é para deixar "lagriminhas" nos olhitos de ninguém!
Aquela menina dos 8 anos, ficou muito lá para traz e quem me conhece, sabe bem que Esta que sobreviveu, voa sempre nas nuvens ou rodopia na terra ao sabor de todos os sons!
E vê lá, Teresinha, se com desculpa da comoção ainda te "atiras" ao pobre do "macerado" e pelo Natal não vai haver bolo para ninguém!
Bjhs Amigas Rodopientas!
Assim está bem Carolina!
Fizeste-me rir agora por causa do
"macerado"... Por acaso quando li aquele teu texto, deixaste-me como diz agora a malta nova: "ao papel".
Qualquer dia vou contar-te uma história verídica!...
Beijocas para ti.
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