Há quem tenha marcado duas faltas a este Natal de 2006.
Afortunadamente entrámos nesta quadra, uff, sem Balcãs, tsunamis e outras tragédias lá de fora, o que acaba por banalizar os nossos pequenos confortos domésticos feitos de muita televisão, algum vinho e pão com chouriço.
A segunda falha tem marca de azedume. Com o eternizar da crise, os problemas são tantos que não chega a haver nenhum a que chamemos principal. Dizia Truffaut: "quando não se gosta da vida, vai-se ao cinema". A sala escura e os dias pouco claros colocam o indivíduo rodeado de fantasmas, nos limites da solidão.
E o Natal é, também ele, um fantasma a mais.
Na febre consumista, criámos a ilusão de ter uma vida porreira: ganhamos pouco mas gastamos e rimos imenso.
O Natal é pois, o sinal de partida para um sítio mágico onde nunca chegaremos, pela principal razão de estar escondido algures, num lugar recôndito da nossa infância sonhadora.
Ilídio Ribeiro
Afortunadamente entrámos nesta quadra, uff, sem Balcãs, tsunamis e outras tragédias lá de fora, o que acaba por banalizar os nossos pequenos confortos domésticos feitos de muita televisão, algum vinho e pão com chouriço.
A segunda falha tem marca de azedume. Com o eternizar da crise, os problemas são tantos que não chega a haver nenhum a que chamemos principal. Dizia Truffaut: "quando não se gosta da vida, vai-se ao cinema". A sala escura e os dias pouco claros colocam o indivíduo rodeado de fantasmas, nos limites da solidão.
E o Natal é, também ele, um fantasma a mais.
Na febre consumista, criámos a ilusão de ter uma vida porreira: ganhamos pouco mas gastamos e rimos imenso.
O Natal é pois, o sinal de partida para um sítio mágico onde nunca chegaremos, pela principal razão de estar escondido algures, num lugar recôndito da nossa infância sonhadora.
1 comentário:
Pois...
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