sábado, janeiro 20, 2007

Oração de Natal 2006


Pelas gentes de Souselas e do Outão
Pelas toxinas que hão-de vir da co-incineração
Pelos nossos rios cheios de poluição
Senhor, tende piedade de nós

Pelo TGV que nos vai custar milhões
Pelo povo português que tem o que pediu nas eleições
Senhor, tende piedade de nós

Pelas maternidades que o Ministro fechou nos hospitais
Pelo nosso “Primeiro” que mente e é teimoso demais
Senhor, tende piedade de nós

Pelo livro revelador da Carolina Salgado
Pela grande novela do “Apito Dourado”
Pelo Pinto da Costa que está tão calado
Senhor, tende piedade de nós

Pelo processo “Casa Pia” que não se vê o final
Pelo Bibi que é o único que vai ficar mal
Senhor, tende piedade de nós

Pelo deputado que não foi acusado
E que agora pede indemnização ao estado
Pelas pontes que caem e ninguém é culpado
Senhor, tende piedade de nós

Pelo povo português que não tem dinheiro
E pelos milhões que doamos ao estrangeiro
Senhor, tende piedade de nós

Pelos impasses do túnel do Marquês
Pelo Terreiro do Paço que abateu segunda vez
Senhor, tende piedade de nós

Pela décima plástica da nossa Lili
Pelo José Castelo Branco que continua na TVI
Senhor, tende piedade de nós

Pelos devedores ao fisco que não são poucos
Pelos incendiários das matas que são sempre loucos
Senhor, tende piedade de nós

Pelo ministro que arranja um “tacho” para a filha
Pelas guerrinhas entre o governo e a Ilha
Senhor, tende piedade de nós

Pela eterna desculpa dos governos passados
Pelos árbitros de futebol que foram comprados
Senhor, tende piedade de nós

Pela eterna farra dos nossos banqueiros
Que brincam connosco e com os nossos dinheiros
Senhor, tende piedade de nós

Pelo crescimento do PIB igual ao do Sudão
Pelos polícias que vão para a prisão
Pela bandidagem a quem ninguém põe travão
Senhor, tende piedade de nós

Pelo fecho das urgências em alguns hospitais
Pela Europa que não nos deixa pescar mais
Senhor, tende piedade de nós

Pelo segredo de justiça que vai parar no jornal
Pela complacência do povo que já nada leva a mal
Senhor, tende piedade de nós


Maria de Portugal
(Publicado na “Gazeta de Lagoa" em Dezembro de 2006)

« Vamos Cantar as Janeiras »


Clique na imagem acima sff
Nota - A imagem inicial é da EB1 de Igreja Figueiras
António Gil

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Direcção



(E aqui está um poema que eu gostaria de ouvir na voz do Mário Viegas)

Eu conheci um caranguejo
de uma esquisita cor azul
que andava sempre para trás
na praia sol do mar do sul.

Naquela praia a cor azul
era um sinal de liberdade
nas velhas conchas muito azuis,
no búzio azul de tenra idade.

E o caranguejo olhando em volta
viu as crianças a correr
viu muita gente passeando
e começou a entristecer:

- Que confusão isto me faz!
Porque será porque será
que só eu ando para a frente
e todos andam para trás?
(Mª Alberta Menéres)

Publicou carolina

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Martin Luther King


Sábias palavras.
(clique na imagem acima e depois em Abrir. Quando tiver acabado, clique na seta no canto superior esquerdo do seu browser, para Retroceder.)
António Gil

terça-feira, janeiro 16, 2007

Lembrando Mário Viegas



Enquanto não chega o filme, duas imagens da sessão do Canto das Letras de hoje, 16/01/07.
António Gil

Cantando as Janeiras



Enquanto não chega o filme, duas fotos.
Canto das Letras em 16/01/07
António Gil

sábado, janeiro 13, 2007

O palácio da Ventura







Sonho que sou um cavaleiro errante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!

Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!

Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas d'ouro, ante meus ais!

Abrem-se as portas d'ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão - e nada mais!

(É Antero de Quental; e há tanto tempo que não se falava dele...)

Publicou carolina

quinta-feira, janeiro 11, 2007

INVERNO


O Inverno chegou e com ele o prenúncio de uma tristeza infindável!... O Sol espreita triste e encoberto, aquelas manhãs tão doces e luminosas, amanhecem agora enevoadas e tristes! As noites de luar de uma beleza singular, e ao mesmo tempo romântica, dão lugar às noites chuvosas, e tenebrosas com lufadas de vento!
As árvores, que antes se erguiam majestosamente, cobertas das suas belas folhagens, acolhendo as várias espécies de aves, que com suas lindas melodias, as faziam agitar alegremente, dão lugar a árvores quase nuas e tristes, sacudidas por um vasto vento de inverno, que com silvos desolados, teima em fugir por entre as poucas ramagens que ainda lhes restam.
No céu, nuvens brancas encapeladas semelhantes a lã de ovelhas, transformam-se em nuvens cinzentas, prenunciando a chegada de torrentes de água, que num clamor teimoso, se fazem irromper num pranto!...
Mas nem tudo é triste no Inverno; em certas partes da Terra, árvores, montes e colinas, cobrem-se de neve, transformando assim uma paisagem triste, numa paisagem deslumbrante de inverno, fazendo a delícia das crianças, e inspirando poetas e pintores!... O inverno acha-se assim envolto pelos panoramas infinitamente majestosos e variegados do céu, que nos fazem deleitar nas coisas maravilhosas que a Natureza nos oferece.
M. Dulce Duarte

terça-feira, janeiro 09, 2007

Mulher!


Embora hoje não se comemore o "Dia da Mulher", o blogue do Canto das Letras entendeu prestar-lhes uma homenagem através desta belíssima balada de José Cid. À minha e às outras, abençoadas sejam por existirem!
A. Gil

vitória!



Amigos, parece que já se quebrou a barreira

E que tal, Camilo Pessanha?...







Floriram por engano as rosas bravas
No Inverno: veio o vento desfolhá-las...
Em que cismas, meu bem? Porque me calas,
As vozes com que há pouco me enganavas?

Castelos doidos! Tão cedo caístes!...
Onde vamos, alheio o pensamento,
De mãos dadas? Teus olhos, que um momento
Perscrutaram nos meus, como vão tristes!

E sobre nós cai nupcial a neve,
Surda, em triunfo, pétalas, de leve
Juncando o chão, na acrópole de gelos...

Em redor do teu vulto é como um véu!
Quem as esparze - quanta flor! - do céu,
Sobre nós dois, sobre os nossos cabelos?

(Camilo Pessanha, falando do tempo, talvez...)

Publicou carolina

segunda-feira, janeiro 08, 2007

O TEMPO


Então foi assim: o tempo correu no firmamento e o homem, para não o perder, aprisionou-o no calendário. Contudo não era só isso o necessário, porque seguindo-se os passos do tempo, não se obtem o destinatário. Apenas se possui uma referência de toda a ausência que o tempo deixou para trás, aquele lugar repleto de lembranças, bem no centro de onde estivemos, mas onde não estaremos mais. O que há para diante? Só o tempo sabe. Mas nós podemos fazer um plano, podemos criar em esboço uma trajetória razoável para o futuro. Basta para isso viver com responsabilidade e respeito. Respeito ao próximo, respeito à natureza e a tudo o que nos circunda, nesta ocasião momentânea da nossa existência. Para que um dia sejamos uma boa recordação, e que os nossos substitutos neste plano se lembrem de nós com reverência, como um lapso de ouro no episódio da criação.

Gerson F. Filho
Publicado por António Gil em Português Europeu

domingo, janeiro 07, 2007

Freddie Mercury «Somebody to Love»


Queen - Somebody To Love (Live in Montreal, 1981)
Clique na imagem acima; se lhe for solicitada a instalação de um programa (que é free - gratuito), deverá autorizar. Poderá depois ver este documentário no formato DivX, com uma qualidade que se aproxima da do DVD. Para além de o poder ver, poderá fazer o respectivo download para o disco (é necessária banda larga para um correcto visionamento - depois de iniciar, dê um duplo clique para ver em ecrã inteiro).
Nota: demora um pouquinho a entrar no site mas é mesmo assim.

A formiga


As coisas devem ser bem grandes
Pra formiga pequenina
A rosa, um lindo palácio
E o espinho, uma espada fina

A gota d'água, um manso lago
O pingo de chuva, um mar
Onde um pauzinho boiando
É navio a navegar

O bico de pão, o corcovado
O grilo, um rinoceronte
Uns grãos de sal derramados,
Ovelhinhas pelo monte
(Vinicius de Moraes)

Publicou carolina

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Livros!


"Um livro comovente sobre o exílio e a solidão.
A Neta do Senhor Linh é um hino a temas universais - a amizade, a solidariedade e a compaixão - escrito com a elegância e a limpidez dos grandes clássicos da literatura."
«Numa fria manhã de Novembro, depois de uma penosa viagem de barco, um ansião desembarca num país que não é o seu, onde não conhece ninguém e cuja língua ignora. O senhor Linh foge de uma guerra que lhe roubou a família e a aldeia onde sempre viveu, para o deixar rodeado de morte e devastação. A guerra acabou com tudo, excepto com a sua neta, uma menina tranquila que adormece serenamente sempre que o avô lhe canta uma melodia que as mulheres da sua família transmitem de geração em geração.»

Publicou Carolina

Inscrição sobre as ondas

Mal fora iniciada a secreta viagem
um deus me segredou que eu não iria só.
Por isso a cada vulto os sentidos reagem
supondo ser a luz que deus me segredou
(in "A secreta viagem")
Poema de : David Mourão Ferreira
Publicou Carolina

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Tempos do tempo


Alva madrugada manhã fria
Névoa fino manto rendilhado
Noite escura em manhã se abria
Adeus luar no céu equilibrado
Tem fiapos de cores desmaiadas
As manhãs de horas acertadas.

Manhã clara para sol de meio-dia.
Brilhos coloridos na linha do horizonte
Leve brisa com poemas de alegria
Dançam as cores nas flores do monte
Cheiros de mel semeados ao vento
Dourado sol no seu movimento.

Calorosa tarde em suave descair
Com nuvens pousadas no azul do céu
Fresco vento na planície a sorrir
No lençol de estrelas o sol adormeceu
Estrela polar em sua constelação
Céu e terra em perfeita união.

Escura noite de um dia acabado
Lua embrulhada em sombras escuras
Uivos de vento um sono adiado
Nas tempestades não existem lisuras
Mar grosso de cristas a encapelar
Luar baço em nuvens a filtrar.

Zjesus
Porto Peixe-30-12-06

O salvamento


31 de Outubro de 2006. Uma forte tempestade surpreeendeu mais de uma centena de cavalos que pastavam nas terras baixas da Holanda, confinando-os a rápida subida das águas a uma pequena ilha. Sem alimentos, com a permanente subida do nível da água, temia-se pela sua sorte. A primeira tentativa de os salvar com um barco falhou, porque este se atolou na areia. Subitamente e por momentos a água parou de subir... Era a ocasião perfeita para testar uma aproximação diferente. Um pequeno grupo de mulheres montou a cavalo e foi tentar fazer com que os mais de uma centena de cavalos aprisionados pela água as seguisse na travessia que era urgente. 3 de Novembro, 14H00, o salvamento inicia-se... irá ter sucesso ou um drama estava eminente?
Clique na imagem acima.
Julia Romero

terça-feira, janeiro 02, 2007

Você merece ser feliz


Globoradio - Você Merece Ser Feliz: Nunca deixe de sonhar com o que você quer que se torne realidade. Clique na imagem para ouvir.
A. Gil

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Nascimento



Boa noite, Boa noite,
já são horas de ir dormir.
Começa a lua a espreitar:
"Lá vem a Lua a subir!"


Brinquedos e brincadeiras
trabalhos do dia - a - dia
fecham seus olhos cansados
procurando outra magia.


Devagar devagarinho
como quem começa a ler,
vai este dia esconder -se
para outro dia nascer.

Boa noite, Boa noite,
já vem o sono a chegar,
O dia que vai nascer
quem é que o quer embalar?

(Mª Alberta Menéres "Conversas com versos")

(E o ANO que vai nascer
quem é que o quer embalar?)

Publicou, a desoras, a carolina

domingo, dezembro 31, 2006

sábado, dezembro 30, 2006


Se não puderes ser um pinheiro
no topo da colina,
Sê um arbusto no vale - mas Sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes
ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo,
Sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
..................................................
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda.
Se não puderes ser Sol,
sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito
ou fracasso...
Mas Sê melhor do que quer que sejas.

Douglas Malloch

(Helena Tereno)

Um novo ano...

Procuro uma alegria
uma mala vazia
do final de ano
e eis que tenho na mão
- a flor do quotidiano-
é um voo de um pássaro
é uma canção
(Carlos Drummond de Andrade/Dezembro de 1968)
Publicou carolina

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Anjos!











- O que é um anjo?
(E a esta pergunta, meninos de 4, 5 e 6 anos responderam)

- É um menino que morre e nasce asas.
- É um homem que tem o sol pendurado atrás da cabeça.
- É um homem vestido de mulher que tem duas asas e voa.
- Anjos são os criados de Deus.
- São pássaros vestidos de homem que estão no céu para cantar.
- Anjos são meninos sem botas que dão cambalhotas nas nuvens.
- É um pássaro cantador.

(Do livro "A Criança e a Vida" de Mª Rosa Colaço)
Publicou Carolina

quinta-feira, dezembro 28, 2006

É hora de fazermos votos…


Votos de saúde, votos de paz, de felicidade, votos de melhores dias, enfim!
Como o futuro é um mistério podemos alimentá-lo de forma mágica, com desejos maravilhosos de um mundo melhor e de uma vida melhor.
Sempre que vivemos algo novo, renasce em nós mais energia como uma lufada de ar fresco que, tal como na Primavera, faz ressurgir a Vida em toda a sua força.
São momentos intensos que dedicamos a manifestar os mais profundos anseios e que certamente fazem mover de uma forma poderosa uma imensa energia à nossa volta.
Vamos aproveitar esta onda para canalizarmos o melhor de nós ao encontro do melhor do outro!
Um 2007 cheio de energia positiva que nos permita construir valores sólidos e intemporais na nossa vida pessoal e no nosso mundo. Não vamos perder a oportunidade!

“Põe o coração a trabalhar e pede o máximo e o melhor de toda a gente”
Meryl Streep

quarta-feira, dezembro 27, 2006

NATAL À BEIRA - RIO







É o braço do abeto a bater na vidraça?
E o ponteiro pequeno a caminho da meta?
Cala- te, vento velho! É o Natal que passa.
A trazer-me da água a infância ressurrecta.
Da casa onde nasci via- se perto o rio.
Tão novos os meus Pais, tão novos no passado!
E o Menino nascia a bordo de um navio
Que ficava, no cais, à noite iluminado...
Ó noite de Natal, que travo a maresia!
Depois fui não sei quem que se perdeu na terra.
E quanto mais na terra a terra me envolvia
E quanto mais na terra fazia o norte de quem erra.
Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir- me
À beira desse cais onde Jesus nascia...
Serei dos que afinal, errando em terra firme,
Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?
(David Mourão Ferreira)

Publicou Carolina

probabilmente...


Se qualcuno vestito di rosso ti rapisce e ti chiude dentro a um saco, non preocuparti... probabilmente qualcuno a chiesto un tesoro a Babbo Natale!

(Se alguém vestido de vermelho te rapta e te mete dentro de um saco, não te preocupes... provavelmente alguém pediu um tesouro ao Pai Natal!)


Publicou Carolina

terça-feira, dezembro 26, 2006

Fale com o Pai Natal.


Clique na árvore (e espere um bocadinho, vai ver que vale a pena; e quando acabarem de falar com o Pai Natal, não aceitem os "presentinhos" que lhes vão querer impingir)
A. Gil

segunda-feira, dezembro 25, 2006

Por falar em presentes...


antónio joaquim de matos rodrigues. Pequenino, com dois olhos redondos onde o sol morava.
Uma vez entrou na sala a correr. Levou a mão ao bolso das calças e gritou : senhora! Uma coisa para si! E com mil cuidados, embrulhado num bocadinho de jornal, tirou então a prenda mais espantosa que me deram em toda a minha vida : uma asa de gafanhoto!
Foi o primeiro poema que li do antónio joaquim.

(Do livro "A criança e a vida" onde a professora Maria Rosa Colaço, nos dá a conhecer a poesia que existe em cada criança. O antónio joaquim tinha oito anos.)

Publicou Carolina

Boas Festas


Há quem tenha marcado duas faltas a este Natal de 2006.
Afortunadamente entrámos nesta quadra, uff, sem Balcãs, tsunamis e outras tragédias lá de fora, o que acaba por banalizar os nossos pequenos confortos domésticos feitos de muita televisão, algum vinho e pão com chouriço.
A segunda falha tem marca de azedume. Com o eternizar da crise, os problemas são tantos que não chega a haver nenhum a que chamemos principal. Dizia Truffaut: "quando não se gosta da vida, vai-se ao cinema". A sala escura e os dias pouco claros colocam o indivíduo rodeado de fantasmas, nos limites da solidão.
E o Natal é, também ele, um fantasma a mais.
Na febre consumista, criámos a ilusão de ter uma vida porreira: ganhamos pouco mas gastamos e rimos imenso.
O Natal é pois, o sinal de partida para um sítio mágico onde nunca chegaremos, pela principal razão de estar escondido algures, num lugar recôndito da nossa infância sonhadora.
Ilídio Ribeiro

Fotografias da Festa de Natal


Clique na imagem acima sff
A.Gil

domingo, dezembro 24, 2006

Vamos ficar sem ele... (eu não disse?)


Vamos lá, todos juntos a cantar!







Já estou velho
e cansado
de ser Pai Natal.
Vou pedir a reforma
lá p'ro Carnaval .

Sempre neve,
nesta idade
já tremo de frio.
Vou embora
vou passar
o Carnaval no Rio

Vou andar de tanga
beber caipirinha
mergulhar nas ondas
com uma "brasinha"

Vou no Carnaval
a tocar pandeira
bandeando a anca
danço a noite inteira

Publicou a Carolina (está-se mesmo a ver...)

sábado, dezembro 23, 2006

Dobrii Vetcher (Rússia)


Dobrii vetcher tebe
Khazain gaspodine
Radouicia oi zadouicia zemlia
Cin bojii naradilcia

Vi gastei vstrechaite
Stoli nakzivaite
Radouicia oi zadouicia zemlia
Cin bojii naraldicia

Ougachaite vess nach dom
Pehenitchnim kalatchom
Radouicia ou zadouicia zemlia
Cin bojii naradilcia

Quando a noite cai e nasce a primeira estrela, sentam-se todos à mesa e partilham pequenos pedaços de pão ázimo, fazendo votos mútuos de felicidade e alegria. Chega depois o Pai Natal com um saco cheio de prendas. Antes de as distribuir, pede às crianças que cantem uma cantiga ou que recitem um poema.
A.Gil

Pudim de Natal


(Esta receita foi-me dada pelo meu amigo Atalante Miglioitti, o músico).
Remover a pele e as espinhas a sete peixes brancos grandes, reduzir a carne a uma pasta que se mistura com o miolo de sete pães não muito tostados e uma trufa branca ralada. Ligar tudo com as claras de sete ovos de galinhas e cozer ao vapor, num saco de pano rijo, durante um dia e uma noite. Na hora de o comer, tomar cuidado para não haver engasgadelas com uma qualquer Santa relíquia que tenha sido escondida no seu interior.

( Do interessantíssimo livro "Notas de Cozinha de Leonardo da Vinci". Ter em atenção que falamos da gastronomia da época. Leonardo da Vinci nasceu em 1452, morreu em 1519.)

Publicou Carolina

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Entre le bœuf et l’âne gris (França)


Entre le bœuf et l’âne gris, dort, dort…
Dort le petit fils
Mille anges divins, mille séraphins
Veillent à l'entour
De ce grand Dieu d'amour
Roi des anges dort


Entre les roses et les lys, dort, dort…
Dort le petit fils
Mille anges divins, mille séraphins
Veillent à l'entour
De ce grand Dieu d'amour
Roi des anges dort


Entre les pastoureaux jolis, dort, dort…

Dort le petit fils
Mille anges divins, mille séraphins
Veillent à l'entour
De ce grand Dieu d'amour
Roi des anges dort


O relógio toca as doze badaladas da meia-noite. O Pai Natal inicia o trabalho, carregando sacos de presentes, apressado e resmungando entre dentes. Ele carrega sete trenós com brinquedos, para ter a certeza de que serão suficientes para a distribuição que vai fazer. Finalmente, ele toca a buzina e as renas puxam-no para as estrelas. O Pai Natal deixa presentes em todas as casas, mesmo naquelas onde já não há crianças. Nunca tivera uma noite tão esgotante!
A.Gil

Estamos no Natal



Um feliz Natal, com muitas prendas muita saúde, boas entradas no 2007 !!!
Um grande abraço para todos da ASAS.

Publicou Ana Esperança

Luarices!












Este corrupio das Renas põe -me a cabeça a andar à roda!
Já nem sei em que fase estou!

Publicou a LUA CHEIA

Atrasei-me!




Ai, que não consigo chegar a horas!!!

Publicou a Rena Patinadora

Não aguento!


Só me pedem coisas que não cabem nas chaminés!
Estou farrrrrto!!!








Publicou O Pai Natal

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Zurel de Ziua (Roménia)


La poarta la Tarigrad
Ziurel de ziua
Sade-un fecior de-mparat
Ziurel de ziua

Cu paratul retezat
Ziurel de ziua
In carjuta rezemat
Ziurel de ziua

Sus in deal la Galileu
Ziurel de ziua
La casa lui Domnezeu
Ziurel de ziua

Mititel infasatel
Ziurei de ziua
In sartec de bumcacel
Ziurel de ziua


Na noite de consoada a árvore de Natal é decorada com nozes, avelãs, castanhas, maçãs, bombons e chocolates embrulhados em papel colorido. Depois de decorarem a árvore, as crianças saem e andam de casa em casa, anunciando com canções o nascimento de Jesus Cristo.
A.Gil

Quatro tempos...










São sombras as nuvens encasteladas

Correndo como velas enfunadas
Sol efémero de cor flutuante
Símbolo branco, estrela brilhante
Frio Inverno, orvalho feito cristal
Regaço e aconchego na noite de NATAL

Outono morno e dourado
Leveza de apostolado
Folhas no chão caídas
Sem prisões de foragidas
De variável nebulosidade
Ousada, fugaz sensualidade

Sopro de vento, sopro de brisa
Sorrisos, enigmas de Monaliza
Brilhos de Primavera despertando
Com fábulas de alegria cantando
Brincam nas charnecas as cotovias
Na praia, espelham- se maresias

São searas, odaliscas ondulantes
Preludio com cigarras cantantes
Exóticos territórios e ficção
Com finos jardins de Verão
No caminho a cancela encontrar
Em realidade os sonhos tranformar

(Da Zília)

Uma luzinha todos os dias...

A luzinha acordou ainda tremeluzente, hesitante, esfregou os seus olhinhos de luz para ver melhor à sua volta.
Tantas, tantas luzinhas de todas as cores faziam da praça um radioso arco-iris!
Cheia de emoção e já bem acordada a luzinha quis perceber realmente onde estava.
Cintilou atentamente e viu-se numa estrela enorme pregada no alto da torre da igreja. Em baixo, no meio da praça, sobressaía um sino grandioso de luz que emoldurava uma estátua.
Ao redor todas as árvores exibiam os seus frutos luminosos e coloridos como os balões das crianças.
Nas fachadas dos prédios faiscavam alternadamente pequenas estrelas.
Havia um formigueiro de gente para lá e para cá numa azáfama alegre e feliz.
De si para si a luzinha pensou: “ O meu destino é ser luz, irradiar mil cores, não vou ficar encerrada tanto tempo apagada e sem vida”
Logo ali prometeu libertar todo o seu potencial de energia e iluminar todos os dias do ano com a intensidade única do Natal!

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Natais...


"Estou triste! Dou voltas e mais voltas e não consigo aceder ao Blogue a não ser visualmente.
Partilhar, fazer comentários, nicles, tá de chuva. Entretanto rabisquei uma coisa que te mando assim, sem correcções, tal como saiu. Porque há alguns anos o Natal tornou-se para mim assim, como um teatro de alegria profundamente triste. Sempre é o aniversário do meu MENINO...mas...

Se tu pudesses saber
o bem que a mim me fazes...
A alegria no sorriso
Com a tristeza no olhar...
Se tu pudesses saber...
Se tu pudesses saber
A força que a mim me dás
As vezes que em ti penso
Quando fraquejo
e, sorrindo,
canto uma bela canção!
Canto calada, é verdade,
porque a voz, essa não dá.
Canto da forma que danças!
Ai, a força que me dás!...
A tristeza que em mim mora
A tristeza que me faz
Penso em ti
e vai-se embora!
Ai, a força que me dás!!!...

(Não, hoje não estou "enevoada", tenho é estado de volta do blogue. B' jocas Lena)"
(Da nossa Lena, recebido por mail)