Ti Maria Penelinha era no dizer das pessoas da sua idade, uma mulher muito arreminada, significa que era muito asseada, que as suas roupas pobres estavam sempre desencardidas e os remendos que fazia tinham sempre os cantos muito bem casadinhos. Também o seu avental, para além de estar sempre bem passado a ferro, o laço era um encanto de bem feito e o seu orgulho de mulher opiniosa. Pequena e magra, mas forte para o trabalho, gostava de ter tudo sempre limpo e de cumprir todas as suas obrigações. Com o seu Ventura das Amoreiras, companheiro de toda a vida, criou os seus dois filhos, também eles pessoas de bem.
A vida decorria-lhe sempre igual, muito trabalho e muita pobreza, mas já estava habituada a esta situação sem alterações ou melhorias, mas os Invernos, principalmente nos dias de chuva ou humidade, trazia-lhe para além das já existentes mais uma preocupação e um dia aconteceu o que ela sempre temeu. Depois de todos os animais tratados vai para casa fazer o jantar e eis que ao chegar à porta fica paralisada pensando como haveria de resolver aquele problema. Tenta pensar, mas o medo é tanto que nenhuma ideia lhe chega ao cérebro.Com um pavor enorme, consegue subir para uma cadeira, depois para a arca e de seguida para a mesa que sempre é um pouco mais alta.
Ali fica acocorada encostada a parede com medo, frio e fome, esperando que a sorte lhe traga da taberna o mais cedo possível o seu Ventura.
Ventura das Amoreiras vinha quentinho com as rodadas de bagaço que consumiu com os companheiros de sempre. Ficou preocupado ao perceber que a porta estava aberta e o candeeiro ainda apagado, mais preocupante era não ouvir nenhum rumor da mulher. Cauteloso chamou. Ti Penelinha não consegue segurar os nervos, a chorar pede ao homem que a livre daqueles horríveis três sapos que estão dentro de casa.
Ventura ri com gosto e não percebe o porquê de tanto medo de três inofensivos bichos pachorrentos.
A vida decorria-lhe sempre igual, muito trabalho e muita pobreza, mas já estava habituada a esta situação sem alterações ou melhorias, mas os Invernos, principalmente nos dias de chuva ou humidade, trazia-lhe para além das já existentes mais uma preocupação e um dia aconteceu o que ela sempre temeu. Depois de todos os animais tratados vai para casa fazer o jantar e eis que ao chegar à porta fica paralisada pensando como haveria de resolver aquele problema. Tenta pensar, mas o medo é tanto que nenhuma ideia lhe chega ao cérebro.Com um pavor enorme, consegue subir para uma cadeira, depois para a arca e de seguida para a mesa que sempre é um pouco mais alta.
Ali fica acocorada encostada a parede com medo, frio e fome, esperando que a sorte lhe traga da taberna o mais cedo possível o seu Ventura.
Ventura das Amoreiras vinha quentinho com as rodadas de bagaço que consumiu com os companheiros de sempre. Ficou preocupado ao perceber que a porta estava aberta e o candeeiro ainda apagado, mais preocupante era não ouvir nenhum rumor da mulher. Cauteloso chamou. Ti Penelinha não consegue segurar os nervos, a chorar pede ao homem que a livre daqueles horríveis três sapos que estão dentro de casa.
Ventura ri com gosto e não percebe o porquê de tanto medo de três inofensivos bichos pachorrentos.
Publicou a Zília
11 comentários:
Um belo texto da Zília escrito como quem fotografa!
Na música, vai a da Rã que dormia no divã. É que sapo não tenho...e se tivesse fazia como a Ti Maria Penelinha!...
Querida Zilinha:
Obrigada pela tua história, que suponho ser real, é bom ouvir nomes de pessoas que fizeram parte da nossa vizinhança.Depois de ler o teu texto estou a visualizar o casalinho.
Beijinhos
Bia dos Santos
Eu vi três sapos
Ou três sapinhas
a encher o papo
Com a Ti Penelinha!
Linda História amiga Zília, gostei de ler e se foi real mais bonita é, um grande beijinho para ti, continua pois sabes e têns paciência para recordares os velhos tempos :)))
Vi vários sapos
toda uma família
correndo na lagoa
atrás da Zília!
Uff, coitada da Zília
mulher "arreminada"
Com tanto sapo atrás
Ficou desesperada!
Ficou desperada
e num desassossego.
Eu se visse um sapo
fugia com MEEEEEDO!...
Boa noite pessoal amigo!
A história dos sapos é verdadeira e a ti Penelinha sofria a fúria do medo quando se encontrava com algum
A mim não me fazem confusão, gosto muito deles, comem muitos insectos e são considerados amigos dos jardinheiros.
Beijocas da zília
Que lindo sapinho, tem um filho que gosta muito do sapos ele agora fez anos tive que por no bolo dele um sapo, gostei muito do testo, um grande beijo.
Eu também tenho três sapos junto à minha casa. Quando à noite saio com a Black, lá estão eles, sempre nos mesmos lugares, com um ar bonacheirão de quem está à espera sabe-se lá do quê. Parecem até conhecer-nos e nem se afastam. Nunca os vi comer nada, mas são uns GRANDES sapos.
Zilinha nao sei se sera a minha tia, mas agradeço o recordar desta maneira os meus avos que era a ti Penelinha e o Ti Ventura pois dexou-me muito emocionada e o que conta e verdade ela tinha pavor aos sapos duas pessoas que me foram muito queridas
beijinhos da Fatinha
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