Logo que a minha rua foi arranjada e lá colocaram postes para a luz, eu pensei: "Um dia uma gaivota vai pousar ali!"
Há quatro anos atrás isso aconteceu pela primeira vez.
O telefone tocou e a minha amiga Maria (Belga), chorando do outro lado do fio dizia-me:
- A minha filha Vera morreu!
No mesmo momento olhei pela janela e lá estava a Gaivota!
Era dia de Natal!
Não pude deixar de associar os dois acontecimentos e murmurei "Vera?..."
Vera tinha morrido nesse dia. Sempre amara Portugal desde que em criança viera com os irmãos e os pais. Todos os anos a família continua a vir passar férias a Sines. Vera nunca mais pôde vir. Uma grave doença de coração impedia-a de andar de avião. Fizera três operações mas, aos quarenta e cinco anos, nesse dia de Natal o seu coração parou.
"Quem sabe se finalmente livre dos seus males, o seu coração tomou asas de Gaivota e ela voou até Sines?..."
E de há 4 anos para cá no dia de Natal a Gaivota vem pousar no candeeiro.
É evidente que tudo isto são coincidências. Desde Outubro que a praia se encheu de gaivotas, que são aves de arribação. Todavia, já me dei conta que há um bando que só chega no Natal! E esse é o bando que me conhece, espera que eu apareça na janela e começa a rodopiar na minha frente esperando que eu lhes atire para o chão pedacinhos de pão que elas esfomeadas se apressam a comer.
E agora já sei que durante 2 ou 3 três meses terei estas visitas diárias frente à minha janela e não há pão que chegue para tanto bico...
Depois partem e passarei a ir levar o pão à praia nos meus passeios no calçadão. Lá estão as outras, as tais que não sabem onde eu moro.
Uma curiosidade: Quando o pão é muito duro elas pegam-lhe com o bico e vão rebolá-lo na água do mar até ele amolecer e só depois o engolem!
BICHINHO ESPERTO!!!...
Não sei se é uma estória de Natal. Mas no dia de Natal, uma Gaivota pousa no candeeiro da minha rua anunciando a chegada do Bando!
Publicou carolina
Há quatro anos atrás isso aconteceu pela primeira vez.
O telefone tocou e a minha amiga Maria (Belga), chorando do outro lado do fio dizia-me:
- A minha filha Vera morreu!
No mesmo momento olhei pela janela e lá estava a Gaivota!
Era dia de Natal!
Não pude deixar de associar os dois acontecimentos e murmurei "Vera?..."
Vera tinha morrido nesse dia. Sempre amara Portugal desde que em criança viera com os irmãos e os pais. Todos os anos a família continua a vir passar férias a Sines. Vera nunca mais pôde vir. Uma grave doença de coração impedia-a de andar de avião. Fizera três operações mas, aos quarenta e cinco anos, nesse dia de Natal o seu coração parou.
"Quem sabe se finalmente livre dos seus males, o seu coração tomou asas de Gaivota e ela voou até Sines?..."
E de há 4 anos para cá no dia de Natal a Gaivota vem pousar no candeeiro.
É evidente que tudo isto são coincidências. Desde Outubro que a praia se encheu de gaivotas, que são aves de arribação. Todavia, já me dei conta que há um bando que só chega no Natal! E esse é o bando que me conhece, espera que eu apareça na janela e começa a rodopiar na minha frente esperando que eu lhes atire para o chão pedacinhos de pão que elas esfomeadas se apressam a comer.
E agora já sei que durante 2 ou 3 três meses terei estas visitas diárias frente à minha janela e não há pão que chegue para tanto bico...
Depois partem e passarei a ir levar o pão à praia nos meus passeios no calçadão. Lá estão as outras, as tais que não sabem onde eu moro.
Uma curiosidade: Quando o pão é muito duro elas pegam-lhe com o bico e vão rebolá-lo na água do mar até ele amolecer e só depois o engolem!
BICHINHO ESPERTO!!!...
Não sei se é uma estória de Natal. Mas no dia de Natal, uma Gaivota pousa no candeeiro da minha rua anunciando a chegada do Bando!
Publicou carolina
8 comentários:
Uma estorinha de Natal nostálgica.
O Natal traz-nos recordações assim tristes e estamos mais atentos às coincidências. A Vera visita-te todos os Natais :))
Carolina, as tuas palavras deixaram-me de coração apertado...
Só tu, para nos transmitires desse modo aparentemente tão, fácil, um acontecimento trágico.
(sem mais palavras)...
-Quanto ás gaivotas, essas, tu já conheces até os hábitos.
Penso que, são as tuas preferidas!
Bjs.
Linda! ...E apeteceu-me recordar e dedicar-te,especialmente a ti Carolina, a letra de Alexandre O Neill,Gaivota, na voz lindissíma da Amália Rodrigues.
..." Se uma gaivota viesse trazer-me o céu de (Lisboa) Sines,nesse céu onde o olhar é uma asa que não voa,esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração no meu peito bateria,meu amor na tua mão,nessa mão onde cabia perfeito o meu coração...." Bjos silvana sapage
Claro que é uma história de Natal. Até na oferta que fazes às "tuas" gaivotas.
Depois de ver a história que tens no teu blog, só posso dizer que o teu coração é do tamanho do mundo
um grande b/j do teu admirador
E quem é este António??
O Ferreira?
Nada de exageros! O meu coração é pequenino...
De qualquer modo, agradeço a simpatia deste meu "admirador"!!!
;)))))
Cheguei do meu passeio nocturno lá das bandas da minha amiga carol, são 23:23 e vi muitas gaivotas atrás de uma traineira que chegava da faina do mar...estaria lá a tua ou a essa hora já dormia no candeeiro?bjs
Já dormia....
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