quarta-feira, novembro 29, 2006

Eles não sabem...


(...)Eles não sabem que o sonho
é tela. é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa dos ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Comombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára- raios, locomotiva
barco de proa festiva
alto- forno, geradora,
cisão de átomo, radar,
ultra som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

(Assim poderemos acompanhar o Manuel Freire,
neste poema de António Gedeão)

1 comentário:

Anónimo disse...

Acho bem, Amiga.
Ia mudar a música, mas assim só o faço amanhã de manhã.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rómulo Vasco da Gama de Carvalho (Lisboa, 24 de Novembro de 1906 — Lisboa, 19 de Fevereiro de 1997) foi professor, pedagogo, investigador de História da ciência em Portugal, divulgador da ciência e poeta, sob o pseudónimo de António Gedeão.
"Pedra Filosofal" e "Lágrima de Preta" são dois dos seus mais célebres poemas.