Tudo principiava
Pela cúmplice neblina
Que vinha perfumada
De lenha e tangerinas
Só depois se rasgava
A primeira cortina
E dispersa e dourada
No palco das vitrinas
E dispersa e dourada
No palco das vitrinas
A festa começava
Entre o odor a resina
E gosto a noz moscada
E vozes femininas
Entre o odor a resina
E gosto a noz moscada
E vozes femininas
A cidade ficava
Sob a luz vespertina
Pelas montras cercada
De paisagens alpinas
Sob a luz vespertina
Pelas montras cercada
De paisagens alpinas
David Mourão Ferreira - colagem/ Ana Lança